Tem havido e seguem havendo debates sobre o que deve incluir-se no termo arquitetura e todas as pessoas têm suas próprias ideias e preconceitos. De acordo com Le Corbusier, ‘Arquitetura é o jogo magistral, correto e magnificente das massas que se dão à luz’. Para ele, a arquitetura era uma experiência emocional e estética. De acordo com o dicionário, arquitetura se define como a arte e ciência de construir, ou uma das artes refinadas no que se refere às artes estéticas em contraposição com as artes industriais como a engenharia.

Os críticos e teóricos da arquitetura como John Ruskin e William Morris contribuíram enormemente ao debate. Em geral concordam em distinguir a arquitetura da construção com uma simples equação: Construção + Arte = Arquitetura.
É uma definição que a algumas pessoas gostariam de manter até hoje, porém este dualismo entre a arte por um lado e a utilidade ou a função pelo outro, se situa a meio caminho. Não nos fala da relação entre a arte e a utilidade e omite nossa experiência sobre a realidade e o significado da arquitetura.
Algumas pessoas creem que dentro da arquitetura se deveria incluir edifícios importantes como casas, palácios, templos, catedrais e castelos, porém, não outros como praças de estacionamento o estações de trem.
A pesar de nos deleitar-nos com as paredes cobertas de musgo, com tetos de palha de muitas cabanas, ou a forma com que as casas precárias da África se misturam com a paisagem, para alguns, isto não é arquitetura porque não foram projetadas por arquitetos. Estas edificações formam parte de uma arquitetura popular que segue padrões transmitidos de geração a geração. Em geral a arquitetura popular tem sido estudada de forma separada da arquitetura educada e monumental, incluso tem sido tomada como parte da antropologia o historia social.
Dado que a arquitetura é uma matéria tão vasta, tem havido várias tentativas de limitá-la ou seccioná-la em partes mais manejáveis. Limitar a arquitetura a educada ou monumental inclui trabalhos como castelos, palácios ou catedrais. Isto tem provocado que aqueles interessados em projetar outros tipos de edificações se vejam fora do rótulo tradicional de arquitetos. Os edifícios de fábricas e plantas industriais foram englobados dentro da arqueologia industrial e da história industrial e do trabalho; as estações ferroviárias como parte da engenharia e a história do transporte, os edifícios de aço dentro dos arranha-céus e os edifícios de ferro e vidro como o Palácio de Cristal, dentro da história da construção.
Agrupar edifícios de acordo a seu uso, como castelos, palácios, fabricas, estações de trens, é outra forma de dividir o tópico, igual que agrupá-los por métodos e materiais de construção.
Bibliografia: “Understanding Architecture: An Introduction to Architecture and architectural history”. Autor: Hazel Conway. Ed. Routledge 1994